Montag, 21. Juni 2010

Quem sou hoje

RUVAN DE ALMEIDA

Cume de um monte sem vista
em um dia de tempo fechado,
um crime sem qualquer pista
sou também teu outro lado,
do penhasco sou uma via
perigosa e escorregadia,
espinhenta e pedregosa,
sou espinhos e sou rosa.
Sou o chicote e o açoite,
o manto escuro dessa noite.
Sou linfa, sangue e pus
sou eu quem te leva e seduz.
Sou aquilo que me entregas,
revelando tua intimidade
sou o vinho nas bodegas,
a rua mais escura da cidade.
O segredo que não contas,
como se eu não soubesse.
Sou o relógio que derrete
e a metade podre da maçã,
um tigre, um elefante e romã.
A melhor opção que aparece,
sou o banquete que recusas
e a guloseima que empanturra
Sou o dilema que não tem nexo,
e o bode a te lamber o sexo
Sou o buquê que te corteja
e a ampulheta que goteja
pura nitroglicerina,
a dinamite nessa mina,
o tarado que te estupra
e o bode que leva a culpa
Não sou eu o culpado,
que compreendas não espero,
pois eu sou o resultado
de uma divisão por zero.
Sou o gatinho com o novelo
e um estranho em teu espelho
a refletir teu lado escuro.
Sou uma face espatifada
que emporcalha o teu muro.
Sou loucura e sou vício,
morador desse hospício.
Sou a bebida e o porre,
uma lágrima que não corre.
passatempo pra quebrar o tédio
o lixo na frente do teu prédio
Do cume inacessível
era a água que descia,
apenas um amor risível,
alguém que não te esquecia.

Samstag, 5. Juni 2010

Chove

A Chuva bate na janela
Inspiração
Lembro dela
Desilusão