Coroa de Flores

                                     Ruvanbike

Coroa de Flores sem Viço?

Que tal uma Coroa brilhosa,

cheia de viço,

do outro Lado do Vidro?

Só sabe quem trabalha,

da Cortina que mata

quando abaixa,

no final do Expediente.

Criatura Linda

                           Ruvan
Para ti um relato:
Sou o bicho do mato,
naturalmente ao relento,
é outro meu sofrimento

És turista na selva.
Ao te ver lendo poesia,
ou cheirando a relva,
me nasce outro dia

Divago ao léu
Beleza no teu sorriso, 
e nos teus olhos o céu

Criatura linda,
nem te conheço ainda,
mas era tudo que eu queria.
Talvez, algum dia...  

A mais Triste Combinação

                            Ruvan Bike
Mente
se diz que não brota semente
no rubro da paixão.
Mente
se diz que toda semente
Foge da combinação
onde o rubro da paixão
encontra o negro do inviável,
no chão tingido de vermelho.
Profundamente lamentável
ver o sangue derramado,
a paixão rebatida no espelho
e o amor sepultado.

NOVO ESPAÇO

                               Ruvan 
Sonho com teu sorriso
e meu espaço se restringe
ao calor dos teus abraços
e minha casa se estende
ao longo dos teus braços
Se espero dia após dia
por tua voz a me ninar
Teu semblante já indica
que meu espelho é teu olhar
É tua pergunta que escuto
com atençao desmedida
Será só por um minuto?
Ou por toda uma vida?

Pingos nos Is.

                    Ruvan
O que eu diria...
Vivo porque nasci.
Sinto porque vivi.
Sofro porque senti.
Só não sentiria
se não estivesse aqui

Espiral

                  Ruvan Bike
Espiral eterna  
de todos os finais de dia
começar na primavera
daqueles dias de paixão
e noites que já são eternas
pra perder ao raiar do verão
A perda é a ferida que arde
e a cor da casca de laranja
que tinge cada final de tarde.
Como os dias, tudo tem seu fim 
mas ainda faria um pedido a ela,
que ao ver a cor laranja da janela
lembrasse de mim.

Como te Esquecer

               Ruvan Bike
Acordei sozinho aqui
e já lembrei de ti
Esquecer seria melhor
mas no rádio vem o Belchior
Cantando a velha canção
"Foi com Medo de Avião"
Diga-me como fazer
para te esquecer,
pois tento, mas já cedo
o vento sopra na cidade
e me lembra que tens medo
quando chega a tempestade

O Verso Certo

                                                                    Ruvan

Eu, que sempre acertava, compus uma canção,
pra te ter sempre por perto.
Buscava todo dia o verso certo, 
a diferença entre teu sim e o teu não.
Dizia sempre a coisa certa.
Bastou um verso errado, 
na tua coisa tão incerta
para estar tudo acabado.

Só mais uma Janela

                            Ruvanbike    
Agora é outra Rotina
sempre a mesma Rua
e a mesma Esquina 
Ainda sob a mesma Lua
mas é outro dia a dia
Estranha Realidade
de muita Melancolia
É a mesma Cidade
revelando outra Face
Ainda é a mesma Rua
onde o Sol se põe e nasce
mas tomada pelo Tédio.
Na cidade de Cimento
é apenas mais um Prédio
só mais um Apartamento
cuja Vista é tão bela
Numa Rota de passagem
é só mais uma Janela
perdida na Paisagem.

Olhos Escuros

                             Ruvanbike

Olhos escuros
Tão bem emoldurados 
Sempre receosos
Olhos de mil bocas
Olhos cheirosos
De escuridão que iluminava todas noites
Olhos dicotômicos e apaixonados
De mil fogueiras ardentes de São João
Detém os frascos
Que contém a escuridão
Olhos sádicos
De mil praias, de mil praças
De gramados e cinemas
De confeitarias e conveniências
Olhos do teu ninho
De reticências e de carinho
Levam os desejos
e os segredos
Conhecedores do pavor
Deixam os pedaços
amontoados em qualquer canto
Olhos desprendidos
cheios de dúvidas
Olhos ciumentos
capazes de delírios 
jamais pintados por Dalí
Inesquecíveis e infinitos
Guardiões do desespero de mil Gritos.
Olhos cortadores de orelha
que se negaram a pintar
a tela colorada do meu sangue.
Olhos estúpidos de Gioconda
Daquelas noites bem passadas
De mil fotos mal tiradas
Os mais belos do mundo
Olhos abissais
Do oceano mais profundo
De masmorra e calabouço
Olhos que contém o inferno,
ainda que serenos
Olhos de mil pontes, 
precipícios, edifícios e venenos.
de mil portas e janelas.
De mil árvores e mil armas.
De mil facas e mil lâminas
De mil mares de mil águas.
De mil garagens e chiqueiros...
Olhos do quartinho e do quintal 
Olhos de mil fotos no vidro
de mil mensagens
e mil frascos proibidos
Olhos de mil ciúmes infundados
De mil nomes na agenda
De mil jantares e mil cinemas
De mil chicletes e mil telefonemas
Olhos malditos, sôfregos e insistentes.
De alguém que nem existe mais.

Espiral

                                     Ruvan Bike

Espiral eterna  
de todos os finais de dia
começar na primavera
daqueles dias de paixão
e noites que já são eternas
pra perder ao raiar do verão
A perda é a ferida que arde
e a cor da casca de laranja
que tinge cada final de tarde.
Como os dias, tudo tem seu fim 
mas ainda faria um pedido a ela
que ao ver a cor laranja, da janela,
lembrasse de mim.

Da Janela

                      Ruvanbike

Da Janela a paisagem é o retrato da melancolia
No chão as flores da árvore que antes florescia

CNH, licença para mutilar.

CNH, licença para mutilar (e jogar o braço no valão).

Motorista que atropelou ciclista em SP jogou braço da vítima em córrego 138

Do UOL, em São Paulo

10/03/201311h19 > Atualizada 10/03/201323h08

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• J. Duran Machfee/Futura Press
  
  Após acidente na avenida Paulista, a bicicleta ficou retorcida e o ciclista perdeu o braço

O motorista que atropelou um ciclista na avenida Paulista, região central de São Paulo, na manhã deste domingo (10), fugiu do local do acidente levando preso ao veículo o braço da vítima, segundo informações da Polícia Civil creditadas à Polícia Militar.

Posteriormente, ele teria jogado o membro no córrego da rua Ricardo Jafet, na zona sul da cidade. O acidente aconteceu na altura da estação brigadeiro do metrô, na faixa sentido Paraíso da avenida Paulista.

A Polícia Militar informou que o homem não prestou socorro à vítima. "A PM nos disse que o atropelador se apresentou na base do 3º batalhão da PM, na Saúde. Os policiais refizeram o caminho com ele para ver se achavam o braço, e aí ele teria dito que jogou no córrego", informou Eduardo Belmiro, investigador da Polícia Civil.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o ciclista foi levado ao pronto-socorro do HC (Hospital das Clínicas). A assessoria de imprensa do hospital identificou o ciclista como David Santos de Souza. Ele está consciente e seu estado é considerado "estável".

De acordo com o investigador Belmiro, os médicos do HC informaram que o braço da vítima poderia ter sido reimplantado caso fosse encontrado.

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Ciclista perde um dos braços após ser atropelado na avenida Paulista, em SP26 fotos

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10.mar.2013 - Um ciclista perdeu um braço em um acidente com um veículo na manhã deste domingo (10), próximo à estação Brigadeiro do metrô, na avenida Paulista, em São Paulo Leia mais J. Duran Machfee/Futura Press

Ciclofaixa

O acidente ocorreu por volta das 5h30, horário em que a ciclofaixa de lazer da avenida ainda está desativada --o horário de funcionamento da faixa exclusiva para ciclistas é das 7h às 16h, aos domingos e feriados.

Fonte: http://uol.com/bhcYHF

Domingo Nublado

                                  Ruvanbike

Bom dia amantes da poesia!
Fico aqui remoendo, encucado
o que ela estará fazendo,
neste domngo nublado?

Para Pensar

                                        Paulo Roberto Bagatini
Penso periodicamente nas pobres pessoas pedalando por perto (ou pior) dos portentosos pavimentos de piche. Povoados pelos perigosos pesados paquidermes, percebe-se patente perfídia dos pilotos psicóticos: parecem premeditadamente passar patrolando poucos, pacatos pelotões, proliferando pânico em patéticos pica-paus precariamente protegidos ao percorrem a pista proibida. Parece pouca porcaria, porém pergunto: pungentes protestos perdidos na profusão de passeatas que permeiam o país podem permutar a progressiva pancadaria no pacto pacifista que perseguem?

Paulo Pagatini.
Pedalando pouco, porém pensando pastante :-p
13/02/2008

Agora no Espelho

                                              Ruvan Bike

Tuas Histórias e Cicatrizes
Tuas Memórias e Raízes
Tuas Moradas
Toca o Telefone
Vejo o teu Nome
Tua Casa
Tuas Amarras e teus Nós
E Hoje estamos sós
Tua Voz que me chama
Da Sala ou da Cozinha?
Chamava do Chuveiro
Tua Cama
Tua Pele branquinha
Te quero por inteiro
Teus Olhos que piscam
Tua Voz que balbucia
Tua Coxa macia
Minhas Mãos apreciam
Teus Seios no Espelho do banheiro
Tua textura, teu Cheiro
Teu Calor, teus Gestos e teu Sabor
Dei-me por inteiro
Agora são só Restos,
pois tornou-se azul o que um dia foi vermelho
e Hoje me vejo sozinho no Espelho.