Donnerstag, 9. September 2010

Zarpa

Ruvan

Vai barco, zarpa
Sai devagar,
só pra navegar no leme.
Não teme
Estufa a vela.
O vento leva a vela a viajar.
Flutua.
Estufa a genoa.
Aponta a proa.
Ao longe o horizonte
onde o sol nascerá de novo.

Montag, 6. September 2010

Treino para pedalar até Pinhal ACZS / Lagartixa

*Fotos em: http://ruvanbike.multiply.com/photos/album/11/Treino_1_da_Pedalada_a_Pinhal

O domingo amanheceu bonito e frio.
Apesar da chuva no sábado à noite fizemos um risoto na casa da Gabi e fui de bike a este evento. Boa comida e reuir-se com os amigos. Retornei pedalando na descida da Protásio com o pessoal que iria para a Zona Sul.
Como a temperatura estava baixa e já sabia que se elevaria, aproveitei para colocar duas folhas de jornal, uma no peito e outra sobre os rins, para aquecimento. Ao chegar em Ipanema fiquei na dúvida se retirava ou não o jornal, então usei o sistema: "na dúvida menos aquecimento". Ainda bem, pq como coloquei as folhas sob a camiseta, elas já estavam se desmanchando. Este posicionamento serviu tb para retirar o suor, secando o corpo.
Além das folhas de jornal usei um cortavento, o que não é uma boa ídéia, pois a transpiração fica prejudicada.
O dia foi terminando de nascer, o céu ficou bem azul, a grama muito verde e úmida e o dia foi ótimo para um passeio. A temperatura estava bem no ponto. Depois foi só retirar o cortavento e amarrar na cintura para já ir secando. Até as estradas de terra molhada evitaram que os veículos motorizados levantassem poeira sem embarrar consideravelmente as bikes.
O passeio foi bem organizado, em clima muito descontraído. Melhor impossível.
No final ainda houve uma clinicazinha sobre treinamento com o Lagartixa: pedalar uma hora por dia, ou, no mínimo, 1h30 duas vezes por semana, puxando a bike, sem virar roda. Menos que isto não melhora o condicionamento.
Foi ótimo sair cedo, pois assim deu tempo de almoçarmos e tocar um violãzinho.
Veja fotos em: http://ruvanbike.multiply.com/photos/album/11/Treino_1_da_Pedalada_a_Pinhal

Samstag, 17. Juli 2010

Fear of the ight

Far or near
Close to the deepest Fear
Through the darkest Night
Deep into the Room
The Master of the Light
Iluminates the Gloom

Mittwoch, 7. Juli 2010

O CÃO SAQUEADO

RUVAN DE ALMEIDA

Mais que uma rua cruzada por um cão.
Mais que um caqui apunhalado.
Mais que a lingua do cão que te lambeu
e da fonte cor-de-rosa bebeu,
crendo ser fruta de alguma árvore.
Andamos e a paisagem fluía,
Como uma espada de líquido espesso.
Eu, um cão, humilde e espesso
Como árvore sem voz,
roendo o que não tinha,
sabendo da porta sem porta,
que arrombara e não abrira.
Porque na água cor-de-rosa me perdi?
Perdido sem espelho para me enxergar
Perdi-me como a água derramada.
Difícil saber o que é água e o que é lama.
Como um cão que não temia o rio,
calei ao sangrar num canto,
uma voz a me mastigar as patas,
a vida mastigada e não dissolvida,
naquela água macia que amoleceu meus ossos.
Ainda em minha memória, como um cão no bolso
Incomodando o silêncio, o sono, o corpo que sonhou
Os dentes ainda cortando-me a boca
fluindo meu sangue espesso de cão,
de cão faminto e sendento de água cor-de-rosa
fluindo meu sangue de cão, sarnento e aniquilado,
de cão sem plumas.
Páro como um cão apunhalado, 
como um cão humilde e espesso
mais que um cão saqueado,
como um cão que já não anda,
já não late,
escabiótico e humilhado
tombo como um cão,
como um cão assassinado.

Montag, 21. Juni 2010

Quem sou hoje

RUVAN DE ALMEIDA

Cume de um monte sem vista
em um dia de tempo fechado,
um crime sem qualquer pista
sou também teu outro lado,
do penhasco sou uma via
perigosa e escorregadia,
espinhenta e pedregosa,
sou espinhos e sou rosa.
Sou o chicote e o açoite,
o manto escuro dessa noite.
Sou linfa, sangue e pus
sou eu quem te leva e seduz.
Sou aquilo que me entregas,
revelando tua intimidade
sou o vinho nas bodegas,
a rua mais escura da cidade.
O segredo que não contas,
como se eu não soubesse.
Sou o relógio que derrete
e a metade podre da maçã,
um tigre, um elefante e romã.
A melhor opção que aparece,
sou o banquete que recusas
e a guloseima que empanturra
Sou o dilema que não tem nexo,
e o bode a te lamber o sexo
Sou o buquê que te corteja
e a ampulheta que goteja
pura nitroglicerina,
a dinamite nessa mina,
o tarado que te estupra
e o bode que leva a culpa
Não sou eu o culpado,
que compreendas não espero,
pois eu sou o resultado
de uma divisão por zero.
Sou o gatinho com o novelo
e um estranho em teu espelho
a refletir teu lado escuro.
Sou uma face espatifada
que emporcalha o teu muro.
Sou loucura e sou vício,
morador desse hospício.
Sou a bebida e o porre,
uma lágrima que não corre.
passatempo pra quebrar o tédio
o lixo na frente do teu prédio
Do cume inacessível
era a água que descia,
apenas um amor risível,
alguém que não te esquecia.

Samstag, 5. Juni 2010

Chove

A Chuva bate na janela
Inspiração
Lembro dela
Desilusão

Donnerstag, 27. Mai 2010

Exercitando Inverbus

RUVAN DE ALMEIDA

Do Mestre a Seta
ao Filho herege,
de Idéias macabras
 e de estranho Vício
de romper o Rito
e de inventar Palvras

Freitag, 21. Mai 2010

Donnerstag, 20. Mai 2010

ISTO

RUVAN DE ALMEIDA

Não desisto
nem insisto
Eu nem quero
nada disso.
mas, se quiseres,
não resisto.
Só insisto persistente,
naquilo que já disse,
não esqueças nunca disso:
Só não quero compromisso.